"Hoje entendo bem meu pai. Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver"
(Do documentário "Mar sem fim" sobre o viajante Amyr Klink) E chegou um momento da minha vida que fui forçado a concordar com as palavras de Amyr. Sei que nem sempre podemos ir a lugares exóticos e distantes. Mas acredito que o que foi dito não se aplica só a esses lugares. Muitas vezes temos que sair do nossa zona de conforto e provar da estranheza e o sabor do desconhecido e deixar de pensar que o mundo é tal qual imaginamos. Daí reside a graça de ser humano.