18 de março de 2011

Um homem precisa viajar

"Hoje entendo bem meu pai. Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver"
  (Do documentário "Mar sem fim" sobre o viajante Amyr Klink)


      E chegou um momento da minha vida que fui forçado a concordar com as palavras de Amyr. Sei que nem sempre podemos ir a lugares exóticos e distantes. Mas acredito que o que foi dito não se aplica só a esses lugares. Muitas vezes temos que sair do nossa zona de conforto e provar da estranheza e o sabor do desconhecido e deixar de pensar que o mundo é tal qual imaginamos. Daí reside a graça de ser humano.

3 de março de 2011

Sobre o não dizer

     O que postar após semanas de silêncio neste espaço virtual? O que dizer para os poucos que ousam ler esses poucos bits de palavras desconexas?
      Esse silêncio, essa pausa se deve a um simples questionamento: "o que eu deveria escrever neste blog para torná-lo interessante?"  No começo, a intenção era apenas escrever sem maiores intenções, apenas exercitar a prática da escrita, dar vazão a própria necessidade de expressão que é inerente a todo ser humano. Mas agora poucas pessoas (a maioria amigos e alunos) já frequentam este modesto blog e me perguntam quando sairão as próximas postagens. A responsabilidade, de certa forma, aumentou. Não importa se apenas 1 ou 10 internautas visitam esse espaço, mas agora é fato que pelo menos alguém lê e isso muda muita coisa.
      E então? A quê esse blog se propõe? Falar de literatura, cinema, política, esporte, pessoas ou artes? Pode até ser, mas no momento, já existem alguns blogueiros que falam com propriedade sobre estes assuntos. Escrever sobre minha vida? Não por vários motivos: não sou narcisista a tal ponto (se bem que possuir um blog, segundo alguns psicológos, já  pode ser um primeiro sinal de exibicionismo); não quero fazer deste espaço um diário virtual; e da minha vida, no momento, não tem muita coisa interessante para relatar, e o que poderia ser não é elegante divulgar. 
     Posso até escrever sobre esses tópicos que acabei de citar, mas não vou me ater a nenhum deles. E embora também esteja em um Curso de Direito, não me sinto suficientemente gabaritado para escrever postagens de cunho jurídico sem matar de vergonha meus professores. Portanto, escrevi esses poucos parágrafos para dizer que esse blog não possui um eixo temático definido e que próximas postagens hão de vir. Mais cedo ou mais tarde elas hão de vir.
     Por enquanto um silêncio oportuno.